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Mostrando postagens com o rótulo Foreign Corrupt Practices Act

Um peregrino na terra desolada

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Essa reflexão não trata de um acerto de contas com o passado, muito menos tem a intenção de confortar a legião de neuróticos que vasculha as minhas redes sociais a procura de aliado ou inimigo. Portanto, estou longe das benesses do Estado, das ideologias e dogmas. E assim pretendo me manter. Quero por hora apenas contar uma história que apesar do longo tempo transcorrido não precisasse acrescentar ou muda-la de perspectiva para que se mantivesse fiel às origens. A condição para tal desafio foi esperar. O tempo para adquirir a experiência necessária e tratar as evidencias sem paixões. E, para que se sobressaísse registrei no pequeníssimo mosaico, pedaços de frase, imagens vivas da memória pessoal, que escora as ruínas de um propósito maior. O resultado não pode ser considerado abusivo, são fatos impostos por crimes de sangue . Domênico Tanganelli , meu tio-bisavô, homônimo de meu avô recebeu homenagens de familiares, tios, primos, inclusive minha mãe e meu irmão. Essa tradição, po

Esperando Godot

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Quando a ordem legal se transforma em obstáculo para maior eficiência e qualidade no atendimento ao cidadão levanta-se a hipótese de reformas do aparelho do Estado. O que parece obvio. Todavia é preciso considerar, que mudanças na cultura administrativa não seriam suficientes para que certas contradições deixassem de existir na política brasileira. Refiro-me ao sistema legal vigente, cuja origem remonta a  Proclamação da Republica. Aclamado brasileiro do século, Ruy Barbosa  foi o grande organizador da Republica, além de autor da Constituição da Primeira Republica e primeiro Ministro da Fazenda. No entanto pesa contra o baluarte das ciências jurídicas do Brasil a exclusão da Constituição o direito a educação básica garantido no período imperial. (exceto para escravos) Portanto, o senhor Barbosa, coloca-nos diante da questão, se o expoente fundador da Republica foi capaz daquilo, o que esperar disso, as reformas em curso no Brasil? Consolidando-se a cada novo d

Infâmia e Judiciário. Prefácio, Sergio Machado, conclusão Teori Zavarski.

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Depois da condenação de Sergio Machado o meu olhar dirigiu-se para origem. Por mais que tentasse divergir de mim mesmo a justiça revelava sua atitude perante o enunciado que produzia. No ir e vir do pensamento contra intuitivo a lucidez despontou. E a herança memorial que nos é imposta, que se repete a cada decreto, emenda, eleição, denúncia, julgamento, nossa bíblia, a corrupção emergiu do volume morto . E sobre ela a teoria da justiça brasileira menos como formalismo e mais como estilística a serviço da infâmia. Na qual, se tece a trama densa das leis onde se mistura a magia das palavras que tanto encanta a sociedade; com outra força menos evidente que a sociedade desconhece e não consegue desembaraçar-se, a magia negra impressa nas entrelinhas da impunidade cravadas nas decisões judiciais.  ( http://claudemir-sereno.blogspot.com.br/2017/02/faltou-tornozeleira-guilhotina-nao-vai.html ) Na grande amplitude de sentidos, na dilatação dos processos produz-se a verdade necess

A fila nossa de cada dia.

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Qual é a tua fila? Refiro-me a Creche, Escola, SUS, Justiça, INSS, Congestionamento, Moradia, Metrô, Ônibus, Desemprego, Aposentadoria, Penitenciária, Sopa nas madrugadas frias de São Paulo?  Qual é a tua fila? São tantas que se houvesse fila para exigir respeito muitos estariam nela por incrível que pareça.   Podemos atribuir essa fixação o status de politica publica. Todavia, para o cidadão, que trabalha e estuda; afirmando sua fé no futuro, pagando impostos exorbitantes a situação significa admitir também o próprio fracasso. Um vexame. Se pelo menos, a situação fosse compartilhada por todos, de agentes públicos a privados, pobre e ricos, seríamos lideres na pavimentação de um caminho possível para o amanhã entendendo não haver maiores problemas. Ocorre que esse, não é o caso. A falta de clareza está vinculada a multiplicidade de discursos desconexos dentre os quais, eu destaco a bizarra ideia, de que democracia por hora seria uma relação politica destin

Desfinanceirização da pobreza: Fim do Estado de Bem Estar Social Para Ricos.

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A pobreza não é capaz de atrair para si outra coisa senão uma abordagem negligente que falseia a imagem da vulnerabilidade, ainda longe de uma deformação violenta, mas a caminho disso, que sorrateiramente define esta camada como infelizes, dignos de pena. Entregando-lhes ao filantro-capitalismo,  quando são avaliados apenas por teorias econômicas que a concebe pelo viés da insuficiência de renda, desconsiderando o grosso do problema que atinge toda sociedade. Sem o qual a pobreza simplesmente não existiria. Bastaria calibrar a percepção e observar a permanente tendência de financeirização das relações sociais para concluir, que pensar eticamente a pobreza também estaria fora de questão. Seria necessário portanto ampliar o conceito, limitado às questões econômicas para outras esferas, que implicam na emancipação política da sociedade , único contraponto viável a incrível regulação econômica da vida dos brasileiros. Temas como Educação, Saúde, Meio ambiente, Mobilidade urbana,

500% a.a. - A desvalorização dos valores

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Ao consentir a exploração com base em 500% a.a. o governo justifica todas as atrocidades em território nacional; do banho de sangue dentro e fora dos presídios, a lama da Samarco que escorre via Caixa 2 ao Legislativo, Executivo e Judiciário. Sinaliza definitivamente que o símbolo de maior valor e prestígio para nação é o dinheiro. Dessa forma justifica a corrupção disseminada da qual fazem parte empresas, autarquias, fundações, no espaço público e privado, sem precisar se expor.  A ideia explicita, dinheiro como valor supremo, capilarizada nas relações sociais destrói o futuro. Logo, o pai deixa de fazer sentido na estrutura familiar, da mesma forma, nos tribunais, a justiça; na política, a ética. E, assim vai... Se concretiza a impressão de que não estamos submetidos ao governo, mas a um grupo de agiotas na usura sem limites cuja máxima se impõem, valida o entendimento de que, nada deveria ter mais valor para nós do que, o dinheiro deles. O mamon.

Democracia brasileira, plena na capacidade de cometer excessos contra o cidadão.

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Sonho de uma noite de verão, a democracia brasileira. Vivi o período do regime ditatorial brasileiro na Moóca, bairro de imigrantes, das vilas, dos cortiços e das festas religiosas. Enfim de gente decente e trabalhadora. Ali me criei entre a igreja de San Gennaro, o colégio Dom Bosco e a Escola Firmino de Proença. Tive uma infância boa, no entanto, fala-se muito mal daquela época, pudera, o discurso democrático 'impôs' certas reflexões inquestionáveis, como por exemplo, a conquista da liberdade. Não sei se pelo uso desgastado dessa idéia, confesso, a dificuldade para encontrar uma análise isenta, do regime militar e do atual regime, das liberdades democráticas.  Talvez essa ideia seja justificada parcialmente, a medida que 80% da população nasceu após a década de 70. Neste caso, mal sabem o que foi viver naquele período e, se sabem, sabem de ouvir falar. Mas a questão é, quem fala e por quê?   A primeira vista, seria absurdo questionar a liberdade, mas aq

Reforma Política: Aparência e Realidade.

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A mediocridade se torna lugar comum quando a Reforma Política reaparece de tempos em tempos para refazer o caminho de volta ao Congresso. Digo, mediocridade e covardia. Apesar de acompanhar inúmeras manifestações sobre o assunto nenhum debate sério foi promovido, apenas a mídia 'democrática' e um seleto grupo de iluminados pautam a Reforma Politica Ideal ambos com origem comum no lobby, por opções em listas fechadas, isso e aquilo.  Cujo objetivo fica atrelado a manutenção do status, longe de prover a sociedade de consciência crítica sobre tema tão relevante. Assim, distanciam o cidadão de questões de interesse nacional, relegando-os a marginalidade ao invés de incorpora-lo ao diálogo civilizatório, honesto onde a democracia de fato seja instrumento real e efetivo rumo ao progresso social. Votar não é sinônimo de democracia. Democracia é outra coisa. Emancipatória deve atender as expectativas daqueles que vêm, daqueles que ocuparam as ruas em junho de 2013.

Auschwitz: A auto insuficiência do SUS.

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A cada novo governo, a cada novo ministro da Saúde, tenho a impressão de que vamos perdendo gradativamente a autocrítica. A cada eleição a classe politica especializa-se em atuar junto aos vencedores, que evidentemente não representa interesses sociais. Nessa circunstância, não pretendo apenas recuperar a critica, mas principalmente a autocritica. O que, não será difícil de entender. Pois a lógica de Auschwitz está inserida no projeto de dominação brasileira. Os artifícios aqui utilizados, ainda que em roupagens atualizada via inovação tecnológica, nada mais fazem que a eterna exploração dos problemas sociais. Problemas cuja abordagem tem a pretensão de apontar para massificação de doenças crônicas. Dessa forma espero contribuir na identificação de estratégias - insustentáveis do ponto de vista social - mantidas por grupos de interesses. Justamente porque a partir do leilão do Campo de Libra é possível observar o assalto aos cofres públicos via precarização da saúde da população

SUS: Igualdade formal, desigualdade verdadeira.

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Não sou humorista, jogador de futebol, cantor, nem estou vinculado a movimentos sindicais ou religiosos. Considero-me homem de pouca fé. Contudo, peço licença para trocar algumas palavras, com você, caro leitor. Podemos dizer que é sintomático o grau de decomposição do sistema político, como se os diferentes casos de corrupção, de injustiça e de humilhação na saúde se fundissem na percepção de um mal comum, e atingisse a todos. Em outras palavras, quero falar da crescente massificação de doenças crônicas e infectocontagiosas que nos atinge. Em um país como o Brasil, assolado por cartéis, faz todo sentido a doença ser interpretada como estratégia de poder, baseada na corrupção. Por isso,  o Câncer, a Hepatite C, a AIDS e a Infecção Hospitalar, entre outras doenças serão tratadas por mim, evidências da corrupção na Saúde Pública! Logo, não podemos continuar acreditando que a falta de escrúpulos de nossa classe política também poderia ser obra Deus, não é mesmo? Toda

Venha morar no EUA!

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A questão sobre o mercado imobiliário americano foi levantada por Guga Chacra no Globonews em Pauta, embora Ricardo Amorim do Manhattan Conection, o explore tema há mais tempo. Guga, porque os brasileiros preferem a Florida para morar; Amorim como sempre obcecado com à tal da bolha imobiliária! Todavia, com base em dados do Tesouro dos EUA, revelaram algo espantoso, o investimento brasileiro no setor de imóveis na Flórida é da ordem de U$ 256 bilhões! Impressionante. Mas pararam por aí. Sem considerarem a causa do meu espanto. Ou seja, se houver outra bolha imobiliária nos EUA, o responsável será o judiciário brasileiro. Correlatamente ao consolidarem uma jurisprudência, síntese entre a Operação Lava Jato e Operação Ararath, que em consonância, formam a ampla, geral e irrestrita morosidade do judiciário brasileiro. Neste caso, a lógica jurisprudencial da injustiça seria a grande responsável pela recuperação do setor imobiliário americano. Desse processo que objetiva o

Qual é a tua fila?

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Qual o sentido de um modelo de gestão em saúde; concentrador que não consegue atender adequadamente as demandas da população local? Acompanhe a lógica: Perceba como as questões que envolvem a saúde estão ocupando espaço cada vez maior em nosso dia-a-dia. Basta ligar a TV. Apesar de recursos destinados a programas de saúde serem aumentados, dobrados, redobrados:  #Maishospitais, #maismédicos, #maisremédio, notamos a massificação de doenças crônicas, tais como o Câncer e Hepatite C.  Esse é o ponto obscuro da gestão do sistema, no qual interesses nada republicanos imperam acima dos interesses da sociedade. Logo podemos concluír que a doença é supostamente meio eficaz para o sequestro das economias de um país, na forma da lei, pois democraticamente ela nivela todos ao reino da necessidade deles. Deles quem? Vale lembrar, porém que o:  * 1º mercado mundial é o de armas;  * 2º é do petróleo; * 3º é de saúde.  Entre eles há uma sinergia própria, juntos buscam por r

Glória à Deus nas alturas!

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Naquele corredor me dei conta... estávamos próximos novamente, dali podia avistar o quarto. A medida que seguia ao seu encontro o mau cheiro ficou insuportável, mesmo assim continuei preparado para o pior.  Ao chegar abri a porta lentamente e perguntei por Glória. Sim, era ali! Responderam.  Ela me aguardava!  Finalmente, autorizado, entrei. Por mais que tentasse me prevenir, foi tudo em vão.  A cena impossível de se imaginar.  Diante de mim; cinco, seis macas, desarrumadas, coladas umas nas outras, ocupadas por seres humanos em condições sub humanas.  Estavam acomodadas naquele pequeno cômodo, sem janela ou ventilação, o que em parte ajudava a explicar o mau cheiro.  Passei rapidamente os olhos pelo quarto da enfermaria a procura dela, enquanto me desvencilhava das macas.  Naquele momento senti o fracasso, que veio como um profundo mal estar. A condição daquelas mulheres era de cortar o coração, por isso entristeci.  Então, me questionei em

Defesa irresponsável do SUS, jamais!

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Ainda que o SUS se sustente em princípios amplamente difundidos tais como Igualdade, Integralidade e Universalidade a legislação que trata da matéria está ultrapassada. Logo aqueles que fazem sua defesa tal como está, justificam o atraso e a corrupção, livrando o governo de suas obrigações.  Embora consuma parcela significativa do orçamento, o sistema não passa de uma promessa ao que determina o artigo 196 C.F. Ou seja, uma ficção jurídica que, transporta o usuário da igualdade formal expressa nos famigerados princípios a desigualdade verdadeira na porta dos hospitais públicos Brasil afora. Um questão que já deveria ter sido enfrentada depois 28 anos. Ou não? Definitivamente o SUS transformou-se numa avenida em direção ao poder. Mais ainda nele se configurou a estrutura lógica, técnica aplicada a conquista do poder político. Confortável garantia de cargos e salários, prestígio e poder para seus defensores. Dentre eles: Pesquisadores, políticos, institutos, autarquias, fun

No Brasil "Fodido não tem vez"...

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No auge da sabedoria Oscar Niemeyer arremata com a desconcertante frase a longeva e brilhante carreira... Essas palavras fundamentaram a grandiosa obra do ilustre brasileiro. Na verdade o gênio destaca por meio delas o legado da beleza impressa na estética de linhas marcantes da sua arquitetura, balsamo para os olhos e compromisso com aqueles que jamais poderiam frequentar tais ambientes. Palavras duras, que contrariam a suposta ofensa na fronteira do essencial, discretamente com a preocupação de ocultar, por obvio que pareça, a constatação de uma realidade invisível aos olhos acostumados a nossa paisagem política. Enfim, a frase despretensiosa é resposta àquela pergunta que todo cidadão não poderia colocar-se sem errar: "O que eles querem nós?" Não tenho a pretensão de desconstruir o tom profético do qual se vale esse grande homem público, mas de apresentar o que Niemeyer não disse, obedecendo uma necessidade, acertar as contas com obvio. Claro, sem a mesma beleza q