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No Brasil "Fodido não tem vez"...

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No auge da sabedoria Oscar Niemeyer arremata com a desconcertante frase a longeva e brilhante carreira... Essas palavras fundamentaram a grandiosa obra do ilustre brasileiro. Na verdade o gênio destaca por meio delas o legado da beleza impressa na estética de linhas marcantes da sua arquitetura, balsamo para os olhos e compromisso com aqueles que jamais poderiam frequentar tais ambientes. Palavras duras, que contrariam a suposta ofensa na fronteira do essencial, discretamente com a preocupação de ocultar, por obvio que pareça, a constatação de uma realidade invisível aos olhos acostumados a nossa paisagem política. Enfim, a frase despretensiosa é resposta àquela pergunta que todo cidadão não poderia colocar-se sem errar: "O que eles querem nós?" Não tenho a pretensão de desconstruir o tom profético do qual se vale esse grande homem público, mas de apresentar o que Niemeyer não disse, obedecendo uma necessidade, acertar as contas com obvio. Claro, sem a mesma beleza q

Planejamento Familiar: A dor e o esforço ético que, visa a felicidade coletiva.

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Escrever sobre a morte é um ato de amor,  tema sempre presente em minha vida. Coisas do tipo, "Graças à Deus fulano descansou; Sofreu feito cachorro com tal doença!" Ou, "Morreu! Mas, foi melhor assim" Fizeram do tema intenso e extenso em minha vida.  Por isso considero um ato de amor.  Pois ao contrário do que se supõe, o contraponto a morte não é a vida, mas o amor.   Mesmo que elas  estabeleçam uma  relação direta com a morte,  reduzindo-as... " Graça à Deus, descansou", "Morreu de câncer"... quando  deveríamos admitir outros modos do existir... "Graças a Deus, amou!", "Morreu de amor!", "Amou e morreu!". Evidentemente que de outra forma estaríamos não só diante da morte física, mas também de um processo de morte da memória delas, c omo se o passado deixasse de existir à partir daquele marcador biológico  chamado doença.  Eric Hobsbawm, observou bem esse  fato: "Quanto mais  morto e inefi

No Brasil, o doce sabor da vida é amargo.

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A produção de emoções por fenômenos estéticos avança em todas as direções. Esparrama-se n a retorica cuja totalidade afirma-se onde o objetivo está garantido. Busca  reações que se voltam aos aspectos insuportáveis e pavorosos do mundo banal onde impera o medo, a dor e a doença.  Esta articulação reduz a  capacidade de entendimento das pessoas e  promove algo pavoroso.  Enquanto a ação do mercado é real o engajamento social é meramente simbólico. A ponto de  aceitarmos com naturalidade, por exemplo, uma boneca com câncer. Como chegamos a esse ponto? O governo aceitou que o cidadão fosse colocado sobre areia movediça pelo mercado e aprovou regulamentos elaborados sob encomenda para a indústria alimentícia, agroindústria e pecuária de corte.  Depois da Operação Carne Fraca obriga-mo-nos com horror a repudiar o discurso oficial: "Que foram questões pontuais" e o caso foi rapidamente abafado, mas não há como dizer o mesmo das consequências. Isto é, o  câncer é a segu

Sem Planejamento Familiar e dados consistentes sobre Causa Mortis:

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"Estaremos condenados a nascer a qualquer custo e a morrer de qualquer jeito!" Foi publicado em agosto de 2008, na Revista Oficial da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Nacional, "Melhor, Gestão de Pessoas", matéria assinada pelo dr. Walter Furlan, médico gestor da Amil. O gestor  aborda nesse artigo o expressivo número de óbitos devido à quebra de protocolos médicos nos EUA.  Perplexo diante da extravagancia dos números apresentados na reportagem naturalmente os questionamentos se voltaram para saúde publica brasileira cuja realidade comporta sub-financiamento, corrupção e toda sorte de problemas a reforçar o discurso do setor privado.  A partir daí tentar distinguir quais eram os interesses do mercado por trás desse discurso. Há tempo hiper-dimensionado devido a falta de regras (Lei do Lobby) aliado a falta de rigor do Judiciário, que no meu entender era estratégico. Disse o dr. Furlan: "Calcula-se que 100 mil pessoas morrem por anos d

"INVICTO", W. E. Henley (1849-1903)

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Dentro da noite que me rodeia Negra como um poço de lado-a-lado Eu agradeço aos deuses que existem Por minha alma indomável Nas garras cruéis da circunstância Eu não tremo ou me desespero Sob os duros golpes da sorte Minha cabeça sangra, Mas não se curva, Além deste lugar de raiva e choro Para somente o horror da sombra E, ainda assim a ameaça do tempo Vai me encontrar e me achar, destemido Não importa se o portão é estreito, Não importa o tamanho do castigo. Eu sou o dono do meu destino. Eu sou o capitão da minha alma Recitado por Mandela em diversas aparições públicas.