Postagens

Mostrando postagens de 2015

Estado de Bem Estar Social Para Ricos.

Imagem
Apesar do título a idéia de Welfare State está fora de questão, não pretendo aqui e agora tratar dela, mas de uma outra imagem dela. Mais polemica. Pretendo, enfim tira-la das mãos de um estranho monopólio formado por alpinistas sociais, cujo poder de dissuasão é muito grande. Os liberais até certo ponto, daí pra frente falam muito sobre esse assunto e quase tudo, porém pela metade. São eles, nossos homens de sucesso na Forbes. Banqueiros, pais das causas perdidas. Portanto eu quero me afastar do terrorismo da linguagem econômica dessas pessoas, que vivem rondando as finanças publicas. Farejadores de recursos que nutrem e que protegem a ascensão de uma casta vinculada menos ao equilíbrio fiscal, capacidade contributiva e mais a deformação e desagregação de valores liberais. Dessa forma podemos falar no uso de uma definição negativa do conceito de Welfare State. Onde elementos incompatíveis são perenemente obrigados a misturar-se. Não quero com isso negar o esplendor da riqueza, a

A morte é uma ideia

Imagem
Quando mais nada fazia sentido, ouvi aquele choro... distante... quase um sonho... Mas, não... Para o meu desespero, os lamentos eram do cirurgião, que dizia aos prantos, indignado: "Perdemos o paciente; Volta! Volta! Claudemir! Respira! Por favor, respira, Claudemir! " No centro cirúrgico recobrei a consciência afim de assistir o epílogo daquilo que a vida me reservara. Pouco ou quase nada eu poderia fazer. Sem voz e com as mãos amarradas balancei a cabeça lentamente para sinalizar ao médico, "Estou morrendo!" Naquele instante, a morte já havia varrido a superfície empedrada do meu ser. Eu apenas aguardava o desfecho trágico -  "Confesso, nutri uma certa dose de curiosidade para descobrir o que era aquilo: O que significava morrer." Estava bem próximo de descobrir, quando... Apesar do adiantado trabalho da morte, pensei: "Não posso me permitir morrer nesse momento" "Afinal havia muita coisa mal resolvida em minh

A fila nossa de cada dia.

Imagem
Qual é a tua fila? Refiro-me a Creche, Escola, SUS, Justiça, INSS, Congestionamento, Moradia, Metrô, Ônibus, Desemprego, Aposentadoria, Penitenciária, Sopa nas madrugadas frias de São Paulo?  Qual é a tua fila? São tantas que se houvesse fila para exigir respeito muitos estariam nela por incrível que pareça.   Podemos atribuir essa fixação o status de politica publica. Todavia, para o cidadão, que trabalha e estuda; afirmando sua fé no futuro, pagando impostos exorbitantes a situação significa admitir também o próprio fracasso. Um vexame. Se pelo menos, a situação fosse compartilhada por todos, de agentes públicos a privados, pobre e ricos, seríamos lideres na pavimentação de um caminho possível para o amanhã entendendo não haver maiores problemas. Ocorre que esse, não é o caso. A falta de clareza está vinculada a multiplicidade de discursos desconexos dentre os quais, eu destaco a bizarra ideia, de que democracia por hora seria uma relação politica destin

Desfinanceirização da pobreza: Fim do Estado de Bem Estar Social Para Ricos.

Imagem
A pobreza não é capaz de atrair para si outra coisa senão uma abordagem negligente que falseia a imagem da vulnerabilidade, ainda longe de uma deformação violenta, mas a caminho disso, que sorrateiramente define esta camada como infelizes, dignos de pena. Entregando-lhes ao filantro-capitalismo,  quando são avaliados apenas por teorias econômicas que a concebe pelo viés da insuficiência de renda, desconsiderando o grosso do problema que atinge toda sociedade. Sem o qual a pobreza simplesmente não existiria. Bastaria calibrar a percepção e observar a permanente tendência de financeirização das relações sociais para concluir, que pensar eticamente a pobreza também estaria fora de questão. Seria necessário portanto ampliar o conceito, limitado às questões econômicas para outras esferas, que implicam na emancipação política da sociedade , único contraponto viável a incrível regulação econômica da vida dos brasileiros. Temas como Educação, Saúde, Meio ambiente, Mobilidade urbana,

500% a.a. - A desvalorização dos valores

Imagem
Ao consentir a exploração com base em 500% a.a. o governo justifica todas as atrocidades em território nacional; do banho de sangue dentro e fora dos presídios, a lama da Samarco que escorre via Caixa 2 ao Legislativo, Executivo e Judiciário. Sinaliza definitivamente que o símbolo de maior valor e prestígio para nação é o dinheiro. Dessa forma justifica a corrupção disseminada da qual fazem parte empresas, autarquias, fundações, no espaço público e privado, sem precisar se expor.  A ideia explicita, dinheiro como valor supremo, capilarizada nas relações sociais destrói o futuro. Logo, o pai deixa de fazer sentido na estrutura familiar, da mesma forma, nos tribunais, a justiça; na política, a ética. E, assim vai... Se concretiza a impressão de que não estamos submetidos ao governo, mas a um grupo de agiotas na usura sem limites cuja máxima se impõem, valida o entendimento de que, nada deveria ter mais valor para nós do que, o dinheiro deles. O mamon.

Democracia brasileira, plena na capacidade de cometer excessos contra o cidadão.

Imagem
Sonho de uma noite de verão, a democracia brasileira. Vivi o período do regime ditatorial brasileiro na Moóca, bairro de imigrantes, das vilas, dos cortiços e das festas religiosas. Enfim de gente decente e trabalhadora. Ali me criei entre a igreja de San Gennaro, o colégio Dom Bosco e a Escola Firmino de Proença. Tive uma infância boa, no entanto, fala-se muito mal daquela época, pudera, o discurso democrático 'impôs' certas reflexões inquestionáveis, como por exemplo, a conquista da liberdade. Não sei se pelo uso desgastado dessa idéia, confesso, a dificuldade para encontrar uma análise isenta, do regime militar e do atual regime, das liberdades democráticas.  Talvez essa ideia seja justificada parcialmente, a medida que 80% da população nasceu após a década de 70. Neste caso, mal sabem o que foi viver naquele período e, se sabem, sabem de ouvir falar. Mas a questão é, quem fala e por quê?   A primeira vista, seria absurdo questionar a liberdade, mas aq