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Mostrando postagens com o rótulo direitos humanos

Esperando Godot

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Quando a ordem legal se transforma em obstáculo para maior eficiência e qualidade no atendimento ao cidadão levanta-se a hipótese de reformas do aparelho do Estado. O que parece obvio. Todavia é preciso considerar, que mudanças na cultura administrativa não seriam suficientes para que certas contradições deixassem de existir na política brasileira. Refiro-me ao sistema legal vigente, cuja origem remonta a  Proclamação da Republica. Aclamado brasileiro do século, Ruy Barbosa  foi o grande organizador da Republica, além de autor da Constituição da Primeira Republica e primeiro Ministro da Fazenda. No entanto pesa contra o baluarte das ciências jurídicas do Brasil a exclusão da Constituição o direito a educação básica garantido no período imperial. (exceto para escravos) Portanto, o senhor Barbosa, coloca-nos diante da questão, se o expoente fundador da Republica foi capaz daquilo, o que esperar disso, as reformas em curso no Brasil? Consolidando-se a cada novo d

Enquanto ouvia Richard Wagner ...

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O celular começou a vibrar insistentemente... Era mais uma sessão de discurso de ódio retransmitido pela enésima vez via WhatsApp. Todavia nesse dia resolvi dar um basta e chamar atenção do meu amigo por difundir opinião tão infecciosa. Primeiro, porque ele é judeu, já foi vitima desse tipo de coisa e sabia do que eu estava falando. Segundo, tenho um bom relacionamento com pessoas, independente de suas opções ideológicas e sobretudo porque sabia que por detrás de quem privilegiou disseminar esse tipo de infâmia batia um coração sensível. Mas, nem por isso deixei de me questionar, onde estaria aquela pessoa sensata, coerente e amável que eu conhecia no ato de me expor a imagens terríveis? E foi pensando nele que resolvi escrever. O impulso que levou as pessoas às ruas pós 2013 não reforçou a democracia. Querem fazer crer o contrario, mas foi mera ilusão. Querem fazer crer, embora a ruptura seja evidente.  Perceba, a partir de 2014 acomodaram-se os semelhantes no Congress

500% a.a. - A desvalorização dos valores

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Ao consentir a exploração com base em 500% a.a. o governo justifica todas as atrocidades em território nacional; do banho de sangue dentro e fora dos presídios, a lama da Samarco que escorre via Caixa 2 ao Legislativo, Executivo e Judiciário. Sinaliza definitivamente que o símbolo de maior valor e prestígio para nação é o dinheiro. Dessa forma justifica a corrupção disseminada da qual fazem parte empresas, autarquias, fundações, no espaço público e privado, sem precisar se expor.  A ideia explicita, dinheiro como valor supremo, capilarizada nas relações sociais destrói o futuro. Logo, o pai deixa de fazer sentido na estrutura familiar, da mesma forma, nos tribunais, a justiça; na política, a ética. E, assim vai... Se concretiza a impressão de que não estamos submetidos ao governo, mas a um grupo de agiotas na usura sem limites cuja máxima se impõem, valida o entendimento de que, nada deveria ter mais valor para nós do que, o dinheiro deles. O mamon.

Reforma Política: Aparência e Realidade.

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A mediocridade se torna lugar comum quando a Reforma Política reaparece de tempos em tempos para refazer o caminho de volta ao Congresso. Digo, mediocridade e covardia. Apesar de acompanhar inúmeras manifestações sobre o assunto nenhum debate sério foi promovido, apenas a mídia 'democrática' e um seleto grupo de iluminados pautam a Reforma Politica Ideal ambos com origem comum no lobby, por opções em listas fechadas, isso e aquilo.  Cujo objetivo fica atrelado a manutenção do status, longe de prover a sociedade de consciência crítica sobre tema tão relevante. Assim, distanciam o cidadão de questões de interesse nacional, relegando-os a marginalidade ao invés de incorpora-lo ao diálogo civilizatório, honesto onde a democracia de fato seja instrumento real e efetivo rumo ao progresso social. Votar não é sinônimo de democracia. Democracia é outra coisa. Emancipatória deve atender as expectativas daqueles que vêm, daqueles que ocuparam as ruas em junho de 2013.

Direitos Humanos no Brasil

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O impensável. O absurdo. O imoral. O ilegal. Em memória de Ruth. A forte política de eugênia positiva em curso no país, cuja origem vincula-se a necessidade de expansão da base de consumo, promoveu a incorporação de um contingente equivalente a população da França e Alemanha juntas em apenas 40 anos! Ou seja, com 1/7 da população chinesa, o Brasil tem crescimento vegetativo maior que o país mais populoso do mundo. Por quê? Ainda que neste período surgissem novos equipamentos públicos e infraestrutura na educação, saúde, transporte e habitação, nada poderia acompanhar a avidez por novos consumidores-contribuintes. Tanto que, nesse processo aprofundamos a crise social e assumimos com naturalidade indicadores sociais terríveis.  Logo a insensibilidade coletiva, seria a resposta ao abandono que o Poder Público promove ao implantar políticas públicas ineficazes. Assim o Governo reforça o assistencialismo e transfere responsabilidades exclusivas para o terceiro setor. Livra-se, po

No Brasil "Fodido não tem vez"...

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No auge da sabedoria Oscar Niemeyer arremata com a desconcertante frase a longeva e brilhante carreira... Essas palavras fundamentaram a grandiosa obra do ilustre brasileiro. Na verdade o gênio destaca por meio delas o legado da beleza impressa na estética de linhas marcantes da sua arquitetura, balsamo para os olhos e compromisso com aqueles que jamais poderiam frequentar tais ambientes. Palavras duras, que contrariam a suposta ofensa na fronteira do essencial, discretamente com a preocupação de ocultar, por obvio que pareça, a constatação de uma realidade invisível aos olhos acostumados a nossa paisagem política. Enfim, a frase despretensiosa é resposta àquela pergunta que todo cidadão não poderia colocar-se sem errar: "O que eles querem nós?" Não tenho a pretensão de desconstruir o tom profético do qual se vale esse grande homem público, mas de apresentar o que Niemeyer não disse, obedecendo uma necessidade, acertar as contas com obvio. Claro, sem a mesma beleza q