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Mostrando postagens de novembro, 2011

Sandrinho

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Disse, espere aqui, você não precisa vê-lo. Eu o reconhecerei, guarde-o na memória. E segui para o calvário. Contornei o rabecão, mais três passos, oração e silêncio. Sensação estranha. Caminhei ao seu encontro, desci as profundezas. Respeito. Em instantes, o destino seria revelado. Sinais. Finalmente quando o vi, não havia lágrima, apenas amargor. Convicto me entreguei ao Sagrado. Luz, diante de mim, o pequeno corpo, maltratado pelas circunstâncias, representava o desfecho trágico do tempo, resignado, me fiz olhos. Vácuo, sem som, sem palavras, ligado a Ele, meio-vivo, meio-morto:  Então, Derrubei pesado O meu olhar cansado Sobre quem já não existia mais; E, ele acomodou-se Naquele breve hiato, Entre vidas díspares. Acolhi a dor E o medo Do desconhecido; Do transitório. Lamentei a descontinuidade do tempo, Entre os meus... Lamentei a descontinuidade da vida, Embora, não minha Mas contaminada pelos meus. Imaginei, Alucinei: Que dor há de pesar mais