Defesa irresponsável do SUS, jamais!

Embora consuma parcela significativa do orçamento, o sistema não passa de uma promessa ao que determina o artigo 196 C.F. Ou seja, uma ficção jurídica que, transporta o usuário da igualdade formal expressa nos famigerados princípios a desigualdade verdadeira na porta dos hospitais públicos Brasil afora. Um questão que já deveria ter sido enfrentada depois 28 anos. Ou não?
Definitivamente o SUS transformou-se numa avenida em direção ao poder. Mais ainda nele se configurou a estrutura lógica, técnica aplicada a conquista do poder político. Confortável garantia de cargos e salários, prestígio e poder para seus defensores. Dentre eles: Pesquisadores, políticos, institutos, autarquias, fundações, movimentos sociais e religiosos, que atuam como empreendedores sociais para expansão do sistema. Luta ideológica calcada nas qualidades do SUS, enquanto seus porta-vozes pagam religiosamente planos de saúde privados.
Este discurso da aparência aprisionou a sociedade. Como então pudemos dar contornos a saúde publica a partir de uma realidade tão pervertida? Sustentada numa agenda global que se utiliza do lobby para buscar a estabilidade de demanda para a indústria fármaco-química. Isto é, a doença como um meio pela qual países desenvolvidos se valem para drenarem recursos públicos fundamentais para desenvolvimento do Brasil. E impor dificuldades para o cidadão brasileiro, que não entende o que está acontecendo bem debaixo do seu nariz.
Portanto, me ocupei deste tema controverso, grosso modo com a intensão de apontar na medida do possível para a origem desta situação, lógica perversa que tanto incomoda:
"Eles sempre se elegeram na defesa de algo que tinha que melhorar muito, a tal da reforma sanitária, mesmo assim, apesar de sucessivas vitórias o sistema piorou bastante. Como se o discurso da vitória trouxesse implícito a lógica inconfessável do quanto pior melhor para manutenção do poder."
Contudo o cidadão que sofre no sistema 'único' (embora na 'realidade' seja segmentado) é estimulado a outra impressão, que o próxima da sensação de participação de luta por direitos sociais.
Então após anos de luta, ele que depositara todo empenho no discurso vitorioso, percebeu, que o tempo de usufruir da Universalidade, Equidade e Integralidade, jamais chegaria
"Sem saída e capturado cognitivamente, sem se dar conta, torna-se cúmplice do sistema que ajudou construir!"
"Sem saída e capturado cognitivamente, sem se dar conta, torna-se cúmplice do sistema que ajudou construir!"
"Que como todos sabemos precisa melhorar muito, mas piora a cada eleição. Eis."

Através das deficiências do sistema o mercado se estabelece e à partir dela se estrutura. Pior de tudo, com apoio popular.
"Dr. Palocci que o diga, ou melhor, dr. Edson Bueno. Ou, dr. Vacarezza, ou dr. Lindbergh, ou dr. Tião Viana, ou dr. Humberto Costa, ou dr. Chinaglia. Ou, ou, ou... Até quando?"
Por isso, não faço defesa irresponsável do SUS. Porque quem faz, não sabe e quem sabe, não faz, ou é lobista.
Sobretudo porque o modelo proposto pelo sistema único de saúde compromete a participação social, que não têm condições de garantir os interesses da sociedade.
Esse processo de controle popular se reflete nos Conselhos de Saúde disseminado por Conferências de Saúde, que deveriam propor encontros distintos de Usuários, Sindicatos e Gestores, em separado.
Sem o que, somos submetidos, isto é, os usuários. Ora, aos interesses corporativistas e sindicais, ora aos interesses do lobby. Até chegarmos a esse estado de coisas! Basta observarmos quantas vezes o Conselho Nacional de Saúde foi presidido por usuários de saúde pública desde a criação do SUS na Constituição Cidadã.
Finalmente a amarga constatação da grande depressão sofrida no financiamento da saúde pública no período Lula e Dilma, quando os principais cargos nas áreas econômicas e políticas foram ocupados por profissionais médicos, eleitos pelos Movimentos Sociais ligados ao SUS tendo como compromisso a defesa incondicional do Sistema Único.
Finalmente a amarga constatação da grande depressão sofrida no financiamento da saúde pública no período Lula e Dilma, quando os principais cargos nas áreas econômicas e políticas foram ocupados por profissionais médicos, eleitos pelos Movimentos Sociais ligados ao SUS tendo como compromisso a defesa incondicional do Sistema Único.
Entretanto, para um governo supostamente popular o resultado foi completamente adverso, nele se deu o apogeu dos planos de saúde, Ao final de um longo período de depressão no financiamento do SUS enquanto acumulávamos recordes na balança comercial, o governo empurrou para os planos de saúde 45 milhões de novos segurados.
Culminando com a venda da maior operadora do Brasil, a Amil para a UnitedHealth. Com intermediação da 'consultoria' de um destacado ministro dos governos Lula/Dilma, (preso em Curitiba) que se destacou como lobista para dr. Edson Bueno enquanto ocupou o Ministério da Fazenda e Casa Civil. O negócio foi selado com as devidas garantias do Congresso Nacional.
Culminando com a venda da maior operadora do Brasil, a Amil para a UnitedHealth. Com intermediação da 'consultoria' de um destacado ministro dos governos Lula/Dilma, (preso em Curitiba) que se destacou como lobista para dr. Edson Bueno enquanto ocupou o Ministério da Fazenda e Casa Civil. O negócio foi selado com as devidas garantias do Congresso Nacional.
A dimensão da tragédia pouco divulgada, óbito à óbito desde a posse de Lula sempre que posso, aponto para os protagonistas desta farsa, para dizer o mínimo, ""nunca se matou tanto na história do Brasil para que esse negócio fosse concretizado: Auschwitz Health´s"
Qual o resultado prático disso?
A união destes interesses perversos e covardes, desembocaram de um lado, nas intermináveis filas, no constrangimento, na doença em larga escala e na morte indigna, do outro, no poder ilegitimo, no enriquecimento ilícito e na corrupção.
Portanto, depois disso, Tudo pelo SUS? Não! Tudo pelo cidadão!
Porque esse blá, blá, blá, da tolice já foi longe demais.
Sem que o Ministério Público Federal se dignasse a investigar o caso, assumimos definitivamente a qualidade de pessoas matáveis pelo próprio governo brasileiro.
Tal como recomenda a cartilha do lobby que explora o medo, a dor e a doença.
Sem que o Ministério Público Federal se dignasse a investigar o caso, assumimos definitivamente a qualidade de pessoas matáveis pelo próprio governo brasileiro.
Tal como recomenda a cartilha do lobby que explora o medo, a dor e a doença.
Claudemir Sereno.
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