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Sandrinho

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Disse, espere aqui, você não precisa vê-lo. Eu o reconhecerei, guarde-o na memória. E segui para o calvário. Contornei o rabecão, mais três passos, oração e silêncio. Sensação estranha. Caminhei ao seu encontro, desci as profundezas. Respeito. Em instantes, o destino seria revelado. Sinais. Finalmente quando o vi, não havia lágrima, apenas amargor. Convicto me entreguei ao Sagrado. Luz, diante de mim, o pequeno corpo, maltratado pelas circunstâncias, representava o desfecho trágico do tempo, resignado, me fiz olhos. Vácuo, sem som, sem palavras, ligado a Ele, meio-vivo, meio-morto:  Então, Derrubei pesado O meu olhar cansado Sobre quem já não existia mais; E, ele acomodou-se Naquele breve hiato, Entre vidas díspares. Acolhi a dor E o medo Do desconhecido; Do transitório. Lamentei a descontinuidade do tempo, Entre os meus... Lamentei a descontinuidade da vida, Embora, não minha Mas contaminada pelos meus. Imaginei, Alucinei: Que dor há de pesar mais

"INVICTO", W. E. Henley (1849-1903)

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Dentro da noite que me rodeia Negra como um poço de lado-a-lado Eu agradeço aos deuses que existem Por minha alma indomável Nas garras cruéis da circunstância Eu não tremo ou me desespero Sob os duros golpes da sorte Minha cabeça sangra, Mas não se curva, Além deste lugar de raiva e choro Para somente o horror da sombra E, ainda assim a ameaça do tempo Vai me encontrar e me achar, destemido Não importa se o portão é estreito, Não importa o tamanho do castigo. Eu sou o dono do meu destino. Eu sou o capitão da minha alma Recitado por Mandela em diversas aparições públicas.