Reforma Política: Aparência e Realidade.
A mediocridade se torna lugar comum quando a Reforma Política reaparece de tempos em tempos para refazer o caminho de volta ao Congresso. Digo, mediocridade e covardia.
Cujo objetivo fica atrelado a manutenção do status, longe de prover a sociedade de consciência crítica sobre tema tão relevante. Assim, distanciam o cidadão de questões de interesse nacional, relegando-os a marginalidade ao invés de incorpora-lo ao diálogo civilizatório, honesto onde a democracia de fato seja instrumento real e efetivo rumo ao progresso social. Votar não é sinônimo de democracia. Democracia é outra coisa. Emancipatória deve atender as expectativas daqueles que vêm, daqueles que ocuparam as ruas em junho de 2013.
"Um homem, um voto."
"Mas o que impede, qual é o outro lado da carapuça"
Entenda o caso:
Ocorre que se o modelo distrital puro fosse adotado, a Zona Leste de São Paulo, região que concentra 12% da população do Estado de São Paulo (4,5 milhões de habitantes) em apenas 1,2% da área do Estado, colocaria em xeque o projeto político da elite brasileira!
"Como assim?"

"Ou, não?"
Um Prefeito oriundo da Região Leste seria impensável?
Além de reunir condições interessantes na articulação para o Governado do Estado.
Um Governador da Região com os piores indicadores sociais, nitroglicerina?
Enfim, a região mais pobre com os piores indicadores sociais estaria em condições de aniquilar, o curral eleitoral de lideranças sem expressão;
Portanto, falta coragem não só a mídia, mas a classe política para colocar o debate na ordem do dia, sobretudo de maneira fidedigna.
Eis a verdade!
Ainda que rapidamente essa reforma está paralisada há 15 anos, sobretudo por causa da querida Zona Leste. Mais nada. O resta é blá, blá, blá de especialistas lobista.
A pedra fundamental no sapato da burocracia.

Fora isso, cronistas defensores da democracia não passam de fanfarrões, embriagados pela exposição e privilégios que o poder lhes confere ao proferirem meias verdades.
Claudemir Sereno
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