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Mostrando postagens de junho, 2014

Um doente, um voto.

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Em apenas 12 anos a Amil chegou a 4° empresa de saúde do mundo, em grande medida devido a demora quase inexplicável  na votação da PEC-29. Foram anos de espera, a saúde pública agonizou, submetida a um sistêmico desfinanciamento, deixando de receber mais R$ 200 bilhões neste período.  Sempre que o governo federal dedica ao discurso oficial termos como, 'superavit primário', equilíbrio das contas públicas e 'governabilidade' quer disfarçar, milhões de mortes, doença e muita humilhação nas filas dos hospitais públicos, Simplesmente para privilegiar o mercado desta vez o eleito foi Edson Bueno controlador da Amil.  Poderoso empreendedor representante do refinado modo de exploração, que parte da precarização do sistema público de saúde, decididos por profissionais e parlamentares financiados por este lobby,  Como bem disse o líder da oposição no Senado meu ex-professor Ronaldo Caiado: "Claudemir, você não aceitou o financiamento deles, mas mui

Ulisses, Joyce e o desemprego.

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O fato ocorreu faz vinte e cinco anos. A época, eu estava no começo do que poderia ter sido uma ótima carreira profissional. Poderia, se não fosse o Ulisses. Isso mesmo, Ulisses! Depois de aprovado na entrevista, iria atuar na área comercial da empresa, uma multinacional portuguesa, líder mundial na fabricação de cabos navais. Bem recomendado, esperava por um lugar ao sol. Ingenuamente pensava. Com pouco tempo de casa, tive a importante missão de recepcionar o diretor presidente da empresa em visita ao Brasil.  No grande dia, no aeroporto, fiquei surpreso ao me deparar com o jovem presidente. Tinha no máximo quarenta, doutor em história pela Universidade de Coimbra e bem comunicativo. Enfim causou-me boa impressão. No cafezinho de boas vindas ainda no aeroporto já havíamos conquistado um certo grau de cordialidade. Contudo, uma observação feita por ele no carro, antes de seguirmos para o hotel, surpreendeu-me. Ocorre que no banco traseiro estava uma surrada edição, tra

O toque de mestre. Uma análise.

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Tudo está impregnado de seu contrário.  Essa frase diz tudo e, nada também. Portanto, a quem quiser entender a lógica por detrás das relações sociais e políticas no país, que dizem não admite amadores, se faz necessário ir além do factual. Ou, então continuaremos a narrar o cotidiano como faz a maioria.  As vezes temos a impressão que a política tal como existe no Brasil, parece nascer de um estatuto mínimo segundo o qual os pretendentes ao poder devem estar envolvidos por um sentimento comum de respeito e decência.  Contudo, a abertura da Copa do Mundo na Arena Corinthians, foi palco para maior armadilha politica de todos os tempos, ao vivo. Milhares de pessoas xingando uma 'pobre e indefesa mulher', a presidente Dilma, que diante de tal agressão sem defesa, fixou o olhar marejado no infinito, e lá ficou. A imagem lembrou a criança chorando, manchete de todos jornais em 1982, quando perdemos a Copa. Antes, é preciso saber que as tais vaias não foram espontânea

Eu queria ser um Cão.

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Na infância, singelamente, eu acreditava que poderia evoluir e com o passar do tempo, tornar-me Cão. Embora tenha ao longo de minha vida testemunhado esse amor vivo, incondicional de Criança, não foi possível obter exito. Com passar do tempo reconheci, tardiamente a imensa dificuldade. Compreendi, afinal, que para chegar a Cão, eu deveria, antes, tornar-me, Santo. Toda Criança tem algo de angelical que se perde no tempo. Cão é a pura vocação.  Claudemir Sereno,