Intervenção Militar no Rio de Janeiro? Acorda Amor, chame o Ladrão!

Para Kleiman a questão fundamental em qualquer politica na área de segurança não seria a luta contra as drogas, mas o controle dos efeitos colaterais do combate ao mercado ilícito das drogas, sobre a população, como por exemplo, a violência contra civis.
Entretanto, depois das palavras iniciais do ilustre convidado tive a nítida impressão de que o Brasil estava no caminho errado em suas políticas na área de segurança pública.
Em primeiro lugar porque os enormes orçamentos destinados ao combate da criminalidade não estavam sendo aplicados corretamente. Isto é, combatemos indiscriminadamente traficantes sem que isso proporcione um aumento na sensação de segurança. Como bem reforçou o palestrantes: "as políticas de segurança podem agravar os indicadores de violência de acordo com abordagem adotada". Caso do México, por exemplo.
Em primeiro lugar porque os enormes orçamentos destinados ao combate da criminalidade não estavam sendo aplicados corretamente. Isto é, combatemos indiscriminadamente traficantes sem que isso proporcione um aumento na sensação de segurança. Como bem reforçou o palestrantes: "as políticas de segurança podem agravar os indicadores de violência de acordo com abordagem adotada". Caso do México, por exemplo.
No Brasil apesar dos inúmeros problemas de gestão, a violência, portanto não seria resultado de uma deficiência operacional do aparato policial mas o oposto, refinamento metódico da segurança pública brasileira. Em decorrência disso, por mais que o palestrante oferecesse uma visão arrojada, destacando métodos eficientes no combate as drogas sob o ponto de vista social no estados de Nova York e Washington, a impressão é que eles seriam incompatíveis com a realidade brasileira, apesar do vasto e inquestionável conhecimento do professor da UCLA - Universidade da Califórnia.
Em segundo lugar porque faltou a organização do evento prove-lo de maiores informações sobre a realidade política brasileira. Enfim, faltou ao consultor Chefe do Estado de Washington o conhecimento de particularidades locais para o devido enquadramento do problema, Segurança e Criminalidade, em sua magnitude. Ou seja, saber que a primeira fonte de financiamento de campanhas eleitorais são recursos desviados do orçamento (crime), seguido pelos recursos provenientes do narcotráfico (crime) e finalmente, por recursos da contravenção (crime).
Eis a gênese da classe produtora de leis no Congresso Nacional. Talvez, este fato não tenha tirado o brilhantismo daquilo que poderia ter sido um excelente momento para superarmos um dos mais espinhosos problemas enfrentados pela sociedade brasileira, a reforma eleitoral.
Em síntese, mesmo que o problema não tenha sido abordado durante a pauta do prestigioso encontro no Instituto Insper ficou nítido a presença desse vazio cuja reflexão sobre tema tão caro a sociedade brasileira, Drogas e criminalidade, possa produzir 'futuramente' outros debates e tratados com a profundidade e respeito que todo cidadão brasileiro, ou se preferir, que todo contribuinte merece.
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