A judicialização da insuficiência do Estado brasileiro. PEC55, Lista de Schindler, Ordem e Progresso.
As circunstâncias pelas quais a crescente judicialização das relações sociais e politicas ganha espaço na mídia, produz a falsa impressão de que basta acionar o judiciário para que o art. 196 da C.F. se torne realidade.
Ainda que a mídia insista na cobertura de casos excepcionais a fila do SUS continua tão grande quanto os milhões de processos que se avolumam a espera de acolhimento na Justiça de 1a. Instância. Seria insensato, portanto propor a judicialização da justiça como solução às próprias demandas. Faria sentido?
Ou seja, não são as leis, mas a falta de sentido que sustenta as frágeis relações entre sociedade e poder público. Evidentes na pretensão do magistrado em querer sanar a deficiência na prestação de serviço público de saúde a canetada, seletivamente.
A Justiça torna-se interessante caminho para, em nome do interesse público, promover o enriquecimento de quadrilhas de advogados, médicos em associação com grupos de patologias. Tudo na forma da lei.
Nestes casos, o magistrado inapelavelmente justifica a decisão, apresentando-se como responsável pela vida ou morte daquele que o solicita isentando-se de qualquer co-responsabilidade pelo ataque sistemático ao erário. Todavia cabe ressaltar, a bizarrice da situação, senão a injustiça, ou, então, quem poderia ser responsabilizado pela morte em geral na fila SUS???
A magistratura a medida que produz as suas Listas de Schindler se mostra simpática a essa situação porque fatura em cima disso e a inoperância do Judiciário se configura, para dizer o minimo, oxigênio que mantém vivo a corrupção oficial.
Em reportagem veiculada na Revista Veja, sobre desvios de recursos públicos, aponta o Ministério da Saúde como responsável por 1/4 dos desvio na esfera da União, sem que isso resultasse na exoneração de nenhum ministro. Bizarro. Assim a Saúde Publica tornou-se o trampolim para vôos maiores com alforria concedida pelo STF.
Em reportagem veiculada na Revista Veja, sobre desvios de recursos públicos, aponta o Ministério da Saúde como responsável por 1/4 dos desvio na esfera da União, sem que isso resultasse na exoneração de nenhum ministro. Bizarro. Assim a Saúde Publica tornou-se o trampolim para vôos maiores com alforria concedida pelo STF.
Se aglutinarmos ao contexto dados de pesquisa sobre o financiamento de campanhas eleitorais no Brasil, que sugere o desvio de recursos públicos via Caixa 2, seguido pelo narcotráfico e jogo ilegal, entre as principais fontes de financiamento, então a judicialização começa a fazer sentido.
Logo, o resultado prático da celeridade de processos sob medida, equivaleria a burlar a fila do SUS, ou seja, ao mesmo tempo que se oculta incomoda verdade se promove a desonestidade.
Principalmente na aplicação do disposto art. 196 C.F. de forma igualitária! A inobservância de outros capítulos, não deixam dúvidas, vem daí o infortúnio e a morte aos milhares, no estrato social onde se concentram os maiores pagadores de impostos no Brasil, entre os pobres e assalariados. Obliterados pelo escandaloso silencio da mídia, quebrado de vez em quando para apresentar questões corriqueiras, repetidas vezes. (Macas nos corredores, fraude nos pontos etc)
Então, o que quer casuisticamente a Justiça?
Então, o que quer casuisticamente a Justiça?
Ou a cidadania existe incorporada ao manto sagrado da Justiça, ou, o Estado brasileiro deveria assumir de vez sua "insuficiência" e resolver o grande infortúnio de milhares de crianças inclusive o caso da pequena Sofia, (apresentado na Rede Globo) concedendo-lhes, não só o tratamento nos EUA, mas também a cidadania americana. rs
Evitando assim mais constrangimento para estas crianças: "viverem miseravelmente em um dos países mais ricos do mundo." A mercê de grupos que se revezam no exercício do poder, protegidos por magistrados que surfam no sucesso forjado enquanto preparam suas Listinhas de Schindler, desmoralizando de vez o que resta da combalida Justiça.
Claudemir Sereno,
A minha gênese política.
No processo de apuração da morte da pequena Gabi, morta aos 6 anos, faltou tudo. Inclusive interesse da justiça. Saudades eternas.
No processo de apuração da morte da pequena Gabi, morta aos 6 anos, faltou tudo. Inclusive interesse da justiça. Saudades eternas.
Vida que segue.
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