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Reforma Política: Aparência e Realidade.

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A mediocridade se torna lugar comum quando a Reforma Política reaparece de tempos em tempos para refazer o caminho de volta ao Congresso. Digo, mediocridade e covardia. Apesar de acompanhar inúmeras manifestações sobre o assunto nenhum debate sério foi promovido, apenas a mídia 'democrática' e um seleto grupo de iluminados pautam a Reforma Politica Ideal ambos com origem comum no lobby, por opções em listas fechadas, isso e aquilo.  Cujo objetivo fica atrelado a manutenção do status, longe de prover a sociedade de consciência crítica sobre tema tão relevante. Assim, distanciam o cidadão de questões de interesse nacional, relegando-os a marginalidade ao invés de incorpora-lo ao diálogo civilizatório, honesto onde a democracia de fato seja instrumento real e efetivo rumo ao progresso social. Votar não é sinônimo de democracia. Democracia é outra coisa. Emancipatória deve atender as expectativas daqueles que vêm, daqueles que ocuparam as ruas em junho de ...

Auschwitz: A auto insuficiência do SUS.

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A cada novo governo, a cada novo ministro da Saúde, tenho a impressão de que vamos perdendo gradativamente a autocrítica. A cada eleição a classe politica especializa-se em atuar junto aos vencedores, que evidentemente não representa interesses sociais. Nessa circunstância, não pretendo apenas recuperar a critica, mas principalmente a autocritica. O que, não será difícil de entender. Pois a lógica de Auschwitz está inserida no projeto de dominação brasileira. Os artifícios aqui utilizados, ainda que em roupagens atualizada via inovação tecnológica, nada mais fazem que a eterna exploração dos problemas sociais. Problemas cuja abordagem tem a pretensão de apontar para massificação de doenças crônicas. Dessa forma espero contribuir na identificação de estratégias - insustentáveis do ponto de vista social - mantidas por grupos de interesses. Justamente porque a partir do leilão do Campo de Libra é possível observar o assalto aos cofres públicos via precarização da saúde da população...

Um triste fim para vencidos e vencedores.

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O triunfo da campanha presidencial se deu em meio a perplexidade de todos. Embora, governo e oposição cantassem vitória o acirramento de rancores foi o resultado prático da radicalização que emergiu daí. Por conta da fraqueza de ambos. A disputa terminou, mas ficou evidente que os protagonistas tinham um cacife menor do que o marketing político tentou emplacar. No caso de Aécio Neves perdeu no seu berço político! No caso de Lula, viu no seu território a bancada do PT ser reduzida em 60%. Logo, ambos terão de enfrentar dificuldades extremadas.   Com as eternas promessas a sociedade acabou por fim se deparando com a dura realidade, diante da verdadeira face de nossas lideranças políticas. Cada vez mais dependentes dos exageros do marketing político. Foram os responsáveis pelo acirramento da disputa e a perigosa radicalização no seio da sociedade.  Portanto, até 2018 a nau dos desvalidos, continuará a navegar sem rumo, paralisada pela falta dos bons ventos. Aonde is...

O terceiro incluído e o pensamento complexo

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Um carro em alta velocidade desceu a rua, em seguida veio a viatura da policia. Segui com os olhos a trajetória da perseguição até sumirem de vista. No ponto de ônibus onde me encontrava havia uma outra pessoa que por um instante com o olhar paralisado, disse: "Sabe, de manhã ao acordar devemos pedir a Deus para que nada de ruim nos aconteça e a gente consiga voltar vivo para casa depois de um dia de trabalho" (sic) Respondi, "O senhor tem razão, claro!" Apenas acrescentei que, o marginal faz a mesma oração, armado! Ou seja, a oração deve proteger, antes, os outros de nós mesmos, não cair em tentação e pecar. Se toda oração fosse um instrumento a favor da limitação, Cristo seria apenas mais um nome na história da humanidade. Claudemir Sereno

SUS: Igualdade formal, desigualdade verdadeira.

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Não sou humorista, jogador de futebol, cantor, nem estou vinculado a movimentos sindicais ou religiosos. Considero-me homem de pouca fé. Contudo, peço licença para trocar algumas palavras, com você, caro leitor. Podemos dizer que é sintomático o grau de decomposição do sistema político, como se os diferentes casos de corrupção, de injustiça e de humilhação na saúde se fundissem na percepção de um mal comum, e atingisse a todos. Em outras palavras, quero falar da crescente massificação de doenças crônicas e infectocontagiosas que nos atinge. Em um país como o Brasil, assolado por cartéis, faz todo sentido a doença ser interpretada como estratégia de poder, baseada na corrupção. Por isso,  o Câncer, a Hepatite C, a AIDS e a Infecção Hospitalar, entre outras doenças serão tratadas por mim, evidências da corrupção na Saúde Pública! Logo, não podemos continuar acreditando que a falta de escrúpulos de nossa classe política também poderia ser obra Deu...

A reforma do constrangimento.

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O 45º aniversário da TV Cultura foi comemorado no programa #rodaviva com análises de ilustres 'comentadores' da história. Daí a grande expectativa, o desafio de passar a limpo os últimos 45 anos da história do Brasil, desde o regime militar até a democracia. Porém, a expectativa logo se desfez. Esperava mais. Mas mesmo assim, o programa foi educativo. Deixando evidente o policiamento ideológico ao qual foram submetidos alguns convidados. Em grande medida devido ao desenvolvimento de visões que, inapelavelmente iriam culminar na paradoxal situação em que nos encontramos. Então, para driblar constrangimentos conclusivos, interrupções eram feitas no ato da fala do convidado. Deselegância? Não, apenas, tentativa de direcionamento, ou manobra. Apesar disso, todos concordaram num ponto de vista específico, na covardia. Explico. Ao fazerem coro na defesa do SUS. Defesa irresponsável do SUS!  Fiquei perplexo.  Falaram pelos cotovelos sobre o que mal conheciam. Um, citou J...

Um doente, um voto.

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Em apenas 12 anos a Amil chegou a 4° empresa de saúde do mundo, em grande medida devido a demora quase inexplicável  na votação da PEC-29. Foram anos de espera, a saúde pública agonizou, submetida a um sistêmico desfinanciamento, deixando de receber mais R$ 200 bilhões neste período.  Sempre que o governo federal dedica ao discurso oficial termos como, 'superavit primário', equilíbrio das contas públicas e 'governabilidade' quer disfarçar, milhões de mortes, doença e muita humilhação nas filas dos hospitais públicos, Simplesmente para privilegiar o mercado desta vez o eleito foi Edson Bueno controlador da Amil.  Poderoso empreendedor representante do refinado modo de exploração, que parte da precarização do sistema público de saúde, decididos por profissionais e parlamentares financiados por este lobby,  Como bem disse o líder da oposição no Senado meu ex-professor Ronaldo Caiado: "Claudemir, você não aceitou o financiamento deles, mas mui...