Um triste fim para vencidos e vencedores.

O triunfo da campanha presidencial se deu em meio a perplexidade de todos. Embora, governo e oposição cantassem vitória o acirramento de rancores foi o resultado prático da radicalização que emergiu daí. Por conta da fraqueza de ambos. A disputa terminou, mas ficou evidente que os protagonistas tinham um cacife menor do que o marketing político tentou emplacar. No caso de Aécio Neves perdeu no seu berço político! No caso de Lula, viu no seu território a bancada do PT ser reduzida em 60%. Logo, ambos terão de enfrentar dificuldades extremadas.
 
Com as eternas promessas a sociedade acabou por fim se deparando com a dura realidade, diante da verdadeira face de nossas lideranças políticas. Cada vez mais dependentes dos exageros do marketing político. Foram os responsáveis pelo acirramento da disputa e a perigosa radicalização no seio da sociedade. 

Portanto, até 2018 a nau dos desvalidos, continuará a navegar sem rumo, paralisada pela falta dos bons ventos. Aonde isso vai dar? Ninguém sabe... mas vamos sentir na própria pele. 

Por outro lado, se a oposição teve um desempenho melhor deve-se em grande medida à figura de Geraldo Alckmin.

Foi o grande estrategista, costurou alianças improváveis. Trouxe Eduardo Campo para seu lado, excluindo Marina Silva e contendo o José Serra e Kassab. 

Apesar da trágica morte de Campos e da reviravolta na campanha presidencial, o Governador atingiu seus objetivos e contribuiu para o resultado final do pleito .

Contudo, apesar do excelente desempenho, ele mesmo vai continuar a depender do improvável. Ou seja, para consolidar-se na disputa de 2018, em grande medida, além de outras coisasm dependerá de muita chuva. Caso contrário, a nau poderá encalhar com timoneiro e tudo. 
 
De tudo isso, compreende-se que sem chuva e sem as reformas prometidas, só poderemos contar com ajuda dos céus. Nesse caso, a chuva seria um bem maior que as reformas que a muito tempo o povo brasileiro anseia. 

Então, ao falar de política, oremos, pois reformas neste país só a custa de muita fé! 


Claudemir Sereno

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