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Realmente, o Brasil do Império foi mais bem frequentado.

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Da legalidade da primeira Constituição Republicana de 1891 que excluiu o direito a educação básica, (garantida no Império) e levou metade da população ao analfabetismo até 1950; Da ilegalidade dos 7.500 reais referente à Fiat Elba que culminou com o impeachment de Fernando Collor de Mello até a legalidade da renuncia fiscal no valor de 1 trilhão de reais em favor de petroleiras estrangeiras (Michel Temer/José Serra)   O que me preocupa não é o pensamento rasteiro de uma elite que remenda com o judiciário o caminho onde a dignidade jamais dará conta de chegar.  O que me preocupa é que o sistema em si é miserável. Nasceu miserável e vive da miséria dos miseráveis que produz. PEC55. O que me preocupa, portanto não é a corrupção, mas a própria legalidade dessa democracia. Essa que mais uma vez confisca nossos sapatos enquanto aumenta a produção de tachinhas se preparando para nos oferecer OxyContin. Alivio para dor. Na forma da lei. Seriam as boas vindas à família Sackler? Se o n

Se a lucidez tardia de Armínio Fraga faz-me rir, o que dizer da amnésia de Paulo Guedes?

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FHC produziu a LRF com intenções. As boas foram divulgadas. Outras nem pensar. Penso eu Com a ideia de equilíbrio fiscal foi ovacionado. Quem diria o sociólogo misantropo, finalmente, vingara. Receitas e despesas num bloco só. Pétrea enregelada. Foi? De um lado, Laje: DRU1, DRU2;DRU3 do outro, subsidio, desoneração e Carf. Privatiza; Zera Lucros e Dividendos. Estanca arrecadação em fonte especifica. Pompa dos ricos e famosos. Ovacionado. Tradução, FHC gostou do Bill mas era apaixonado mesmo pelo Reagan. O homem máximo do Estado mínimo. Pra o galhardo o garladão. Mas o povo precisa sobreviver comer, vestir e beber! Faz faxina, lava e passa. Lomba caixa; pilota moto e mascateia. Constrói barraco e faz filho. Deles 71% da arrecadação; Consumo e IR Aí vem o Soros apontar o Brasil que ELE quer. Mauricinho, calma lá! Diz aí: Se descontinuar a sacanagem da concentração, dá merda! Logo vem voto distrital puro, coisa e tal. Aí a merda é grande! Como os filhotes da Fiesp vão se virar?

Esperando Godot

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Quando a ordem legal se transforma em obstáculo para maior eficiência e qualidade no atendimento ao cidadão levanta-se a hipótese de reformas do aparelho do Estado. O que parece obvio. Todavia é preciso considerar, que mudanças na cultura administrativa não seriam suficientes para que certas contradições deixassem de existir na política brasileira. Refiro-me ao sistema legal vigente, cuja origem remonta a  Proclamação da Republica. Aclamado brasileiro do século, Ruy Barbosa  foi o grande organizador da Republica, além de autor da Constituição da Primeira Republica e primeiro Ministro da Fazenda. No entanto pesa contra o baluarte das ciências jurídicas do Brasil a exclusão da Constituição o direito a educação básica garantido no período imperial. (exceto para escravos) Portanto, o senhor Barbosa, coloca-nos diante da questão, se o expoente fundador da Republica foi capaz daquilo, o que esperar disso, as reformas em curso no Brasil? Consolidando-se a cada novo d

Em memória de Pôncio Pilatus.

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"Disse-lhe Pilatus: O que viestes fazer aqui, onde as pedras são menos duras que os corações desses homens, que têm na hipocrisia e soberba, valores, que os levam a desprezar a massa ignorante? Jesus, respondeu: Eu vim a este lugar testemunhar a verdade. Então me responda, O que é a verdade? ( Silencio)." Passados dois mil anos, os sinais reaparecem em novos modelos.  Dentre eles, o discurso de ódio perdeu espaço para a tolice, que agora cumpre a função do discurso de ódio e invade o nosso ser feito cócegas, então rimos. No mal estar da alegria as ideias tornam-se vagas e os argumentos rasos. "Uma pessoa cai, nós rimos. A mídia reproduz, nós rimos; reinterpreta, nós rimos; reinventa a cena, nós rimos. E ao recordarmos, rimos automaticamente." Eles fizeram uso primoroso disso para promover a infindável lista de Barrabás contra o único Cristo, o povo. E no  humor reside a terrível covardia. Sequencia diabólica de  rentistas,

Poesia da irremediável tristeza: Luto

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                                         Em memória de Satan * 16/01/2000 + 18/10/2016 Luto hora imprópria que não vence, morada impossível que me habita. No silêncio da casa pelas manhãs, o coração puro não bate mais. Aqui, a solidão é o chão que eu piso, as coisas que eu faço, o agora.  Nesta grande casa, feita de pequenas coisas acuso desvairado a sua presença. Fustiga-me o senso, intenso o brilho que o olhar cruza. Reclusa, nebulosa lucidez errante em face de sombrio espelho se desfaz. Extinto o tempo, insisto. Tu que me conheces tão bem, onde estás? Hesito. Atormentado o chamo pelo nome, o esconderijo preferido e puxo a conversa de todas as horas.  O silêncio comunica-me a loucura. Caio no abismo do tempo e saio porta afora. Volto, trago pães e imagens do destino, ando pela casa, faço café, bebo e choro. Rabisco impressões; Dissolve o sal, dissolve a forma, a primavera da vida, as ilusões e as relações. Choro a lagrima invisível, o abraço perdido, o be

Enquanto ouvia Richard Wagner ...

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O celular começou a vibrar insistentemente... Era mais uma sessão de discurso de ódio retransmitido pela enésima vez via WhatsApp. Todavia nesse dia resolvi dar um basta e chamar atenção do meu amigo por difundir opinião tão infecciosa. Primeiro, porque ele é judeu, já foi vitima desse tipo de coisa e sabia do que eu estava falando. Segundo, tenho um bom relacionamento com pessoas, independente de suas opções ideológicas e sobretudo porque sabia que por detrás de quem privilegiou disseminar esse tipo de infâmia batia um coração sensível. Mas, nem por isso deixei de me questionar, onde estaria aquela pessoa sensata, coerente e amável que eu conhecia no ato de me expor a imagens terríveis? E foi pensando nele que resolvi escrever. O impulso que levou as pessoas às ruas pós 2013 não reforçou a democracia. Querem fazer crer o contrario, mas foi mera ilusão. Querem fazer crer, embora a ruptura seja evidente.  Perceba, a partir de 2014 acomodaram-se os semelhantes no Congress

Infâmia e Judiciário. Prefácio, Sergio Machado, conclusão Teori Zavarski.

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Depois da condenação de Sergio Machado o meu olhar dirigiu-se para origem. Por mais que tentasse divergir de mim mesmo a justiça revelava sua atitude perante o enunciado que produzia. No ir e vir do pensamento contra intuitivo a lucidez despontou. E a herança memorial que nos é imposta, que se repete a cada decreto, emenda, eleição, denúncia, julgamento, nossa bíblia, a corrupção emergiu do volume morto . E sobre ela a teoria da justiça brasileira menos como formalismo e mais como estilística a serviço da infâmia. Na qual, se tece a trama densa das leis onde se mistura a magia das palavras que tanto encanta a sociedade; com outra força menos evidente que a sociedade desconhece e não consegue desembaraçar-se, a magia negra impressa nas entrelinhas da impunidade cravadas nas decisões judiciais.  ( http://claudemir-sereno.blogspot.com.br/2017/02/faltou-tornozeleira-guilhotina-nao-vai.html ) Na grande amplitude de sentidos, na dilatação dos processos produz-se a verdade necess