No Brasil, o doce sabor da vida é amargo.
A produção de emoções por fenômenos estéticos avança em todas as direções. Esparrama-se na retorica cuja totalidade afirma-se onde o objetivo está garantido. Busca reações que se voltam aos aspectos insuportáveis e pavorosos do mundo banal onde impera o medo, a dor e a doença.
Esta articulação reduz a capacidade de entendimento das pessoas e promove algo pavoroso. Enquanto a ação do mercado é real o engajamento social é meramente simbólico. A ponto de aceitarmos com naturalidade, por exemplo, uma boneca com câncer. Como chegamos a esse ponto?
O governo aceitou que o cidadão fosse colocado sobre areia movediça pelo mercado e aprovou regulamentos elaborados sob encomenda para a indústria alimentícia, agroindústria e pecuária de corte.
Depois da Operação Carne Fraca obriga-mo-nos com horror a repudiar o discurso oficial: "Que foram questões pontuais" e o caso foi rapidamente abafado, mas não há como dizer o mesmo das consequências. Isto é, o câncer é a segunda causa de morte de jovens brasileiros (15-29 anos). Não é possível que os importadores não se deem ao trabalho de se questionar, o por quê?
A resposta é simples: Porque o nosso país (?) é cada vez mais dependente de produtos da biotecnologia deles. Eis!
Os principais produtos são os Antibióticos de uso humano administrados terapeuticamente ao rebanho e os Pesticidas (Glifosato). Esse pacote fez do Sistema Único de Saúde - SUS, o maior comprador mundial de remédios e do Brasil, o maior comprador de pesticidas. Entendeu?
As demandas da agroindústria e pecuaristas são atendidas para o desempenho do setor porém o governo desconsidera que do ponto de vista da saúde publica são um desastre.
É importante notar, que o processo de degeneração gradual da saúde do brasileiro não pára nestes setores. Prossegue na regulamentação para o setor de cervejas e refrigerantes. A Anvisa autoriza a utilização de "corante caramelo", produto considerado cancerígeno pelo governo da Califórnia caso a concentração seja superior a admitida nos EUA. (5mg-Washington contra 167mg no Brasil, por 355ml)
Depois da Operação Carne Fraca obriga-mo-nos com horror a repudiar o discurso oficial: "Que foram questões pontuais" e o caso foi rapidamente abafado, mas não há como dizer o mesmo das consequências. Isto é, o câncer é a segunda causa de morte de jovens brasileiros (15-29 anos). Não é possível que os importadores não se deem ao trabalho de se questionar, o por quê?
A resposta é simples: Porque o nosso país (?) é cada vez mais dependente de produtos da biotecnologia deles. Eis!
Os principais produtos são os Antibióticos de uso humano administrados terapeuticamente ao rebanho e os Pesticidas (Glifosato). Esse pacote fez do Sistema Único de Saúde - SUS, o maior comprador mundial de remédios e do Brasil, o maior comprador de pesticidas. Entendeu?
As demandas da agroindústria e pecuaristas são atendidas para o desempenho do setor porém o governo desconsidera que do ponto de vista da saúde publica são um desastre.
É importante notar, que o processo de degeneração gradual da saúde do brasileiro não pára nestes setores. Prossegue na regulamentação para o setor de cervejas e refrigerantes. A Anvisa autoriza a utilização de "corante caramelo", produto considerado cancerígeno pelo governo da Califórnia caso a concentração seja superior a admitida nos EUA. (5mg-Washington contra 167mg no Brasil, por 355ml)
Então do nada (?) a sociedade se depara com a crescente demanda por serviços médicos e hospitalares e doenças crônicas sem identificar as causas da nossa tragédia social: Sal, açúcar, formol, corante caramelo, transgênico, pesticida, hormônio e antibiótico.
Como descreverei a seguir

Ao ouvi-lo fiquei perplexo, indaguei-me, como ele poderia assessorar o presidente Obama referindo-se de modo tão apaixonado ao descrever a Saúde Pública dos EUA?
Segundo Rafa Bengoa:
"Os seguros saúde precisavam incorporar um contingente enorme de cidadãos que chegavam ao sistema com agravos irreparáveis. Portanto a promoção e redução de danos seria o enfoque do Obamacare, pautado na redução de custos com a antecipação do atendimento."
Afirmou ainda que:
1) Sem controle sobre a produção de alimentos não se faz saúde pública em canto nenhum do mundo e para finalmente arrematar:
1) Sem controle sobre a produção de alimentos não se faz saúde pública em canto nenhum do mundo e para finalmente arrematar:
2) Sem a devida e rigorosa regulamentação do Lobby se produzirá efeitos desastrosos em políticas públicas de saúde.
Para Rafa Bengoa seria necessário portanto distinguir, público e privado antes de promover saúde pública no Brasil.
Para esclarecer o pensamento do sr. Bengoa, este processo ocorreu nos EUA, em 1946, ano da regulamentação do Lobby sendo votada, apenas em 1951 a Lei de Patentes com atualização da Lei do Lobby em 1995.
No Brasil a Lei do Lobby foi proposta por Marco Maciel em 1984, ou seja, 38 anos após a implementação dela nos EUA. E a Lei continua até hoje, a espera votação! Isto é, mais 32 anos. Portanto, 70 anos de atraso!
A superação me parece improvável neste cenário, a medida que a democracia de mercado não tem compromisso com o desenvolvimento social, valendo-se de relações sociais deterioradas como regra geral para prosperar.
Portanto, a Lei do Lobby deveria impor limites e sanções entre Capital e Governo; Publico e Privado minuciosamente. Na ausência, intensificaram-se medidas paliativas, como por ex. Lei Anti-corrupção, ou Regulação do Terceiro Setor, que ao invés de atuar nos problemas, isentam agentes públicos de responsabilidades fundamentais.
Portanto, a Lei do Lobby deveria impor limites e sanções entre Capital e Governo; Publico e Privado minuciosamente. Na ausência, intensificaram-se medidas paliativas, como por ex. Lei Anti-corrupção, ou Regulação do Terceiro Setor, que ao invés de atuar nos problemas, isentam agentes públicos de responsabilidades fundamentais.
O aparato legal, assim produzido desaloja o cidadão de seu espaço cívico transformando-o em consumidor de serviços. Pior, encarecidos e prejudiciais a própria saúde do cidadão. Ou seja, reduzimos o cidadão, no gozo dos seus direitos civis e políticos ao nível mais baixo, mero de consumidor de serviços. Um forasteiro dentro de seu próprio país.
Como efeito no país simbolo do capitalismo mundial os recursos destinados a saúde do cidadão americano são em maioria, público. No Brasil, do SUS e governado pela esquerda por 13 longos anos, o predomínio do capital é privado. Todavia, independente de ideologiaisso não vai mudar!
Afinal, qual o sentido disso?
O lado obscuro da política assistencialista:
O governo brasileiro "Ao tratar a doença como uma dama, corteja-la e conduzi-la pelas mãos, sob seus domínios:
"Concedendo-lhe, hospital do Câncer aqui, outro hospital do Câncer acolá, 'doando' remédios aqui e acolá"
Consolida a incômoda situação que destaquei ao iniciar esse desabafo, sem a devida solução, observamos os mesmos serem incorporados aos processos eleitorais ao longo do tempo.
Quero radicalizar para expor a verdade:

Enfim, doenças são novas commodities, tais como a soja, trigo, petróleo, gado, minérios, etc. Decorre daí que o nosso déficit no setor de fármacos chegou a U$ 10 Bilhões, em 2011 e U$ 13 Bilhões, em 2012. Mas em 2007 era zero!!! Por quê?
Constatar in loco, gente respeitabilíssima oferecer dinheiro via financiamento eleitoral para inviabilizar o sistema de saúde publica foi muito triste e repugnante. (Que fiz questão de recusar e encerrar com alguma dignidade minha pequena grande luta politica)
O desfinanciamento da saúde é só um dos processos que na verdade busca a estabilidade de demanda para indústria fármaco química, promovendo a doença.
No campo legal, onde deveríamos ter politicas publicas comprometidas com a preservação do direito a saúde, temos o sistema pensado a partir da doença, onde se concentra o grosso do orçamento (85%) no final da vida, fortalecendo o assistencialismo.
Neste caso mesmo que a burocracia estatal ou mídia tentem justificar, basta seguir o caminho da eficiência do setor para vamos perceber que crescimento e os ganhos do setor não se sustentam na cura, expandem na continua massificação de doenças crônicas. Sem o que, não haveria como explicar os ganhos, a estabilidade conquistada e o prestígio político.
Ou seja, emendas, rubricas e decisões judiciais, em conjunto promovem sequestro da poupança interna para aumentar os ganhos do setor. Enfim, o mercado de saúde, além do poder econômico é altamente regulador. Atua em diferentes níveis de poder, amplia sua capacidade decisória e transforma prescrições médicas em leis. Uma cultura da doença.

Claudemir Sereno
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