Em memória de Satan * 16/01/2000 + 18/10/2016 Luto hora imprópria que não vence, morada impossível que me habita. No silêncio da casa pelas manhãs, o coração puro não bate mais. Aqui, a solidão é o chão que eu piso, as coisas que eu faço, o agora. Nesta grande casa, feita de pequenas coisas acuso desvairado a sua presença. Fustiga-me o senso, intenso o brilho que o olhar cruza. Reclusa, nebulosa lucidez errante em face de sombrio espelho se desfaz. Extinto o tempo, insisto. Tu que me conheces tão bem, onde estás? Hesito. Atormentado o chamo pelo nome, o esconderijo preferido e puxo a conversa de todas as horas. O silêncio comunica-me a loucura. Caio no abismo do tempo e saio porta afora. Volto, trago pães e imagens do destino, ando pela casa, faço café, bebo e choro. Rabisco impressões; Dissolve o sal, ...
"Estaremos condenados a nascer a qualquer custo e a morrer de qualquer jeito!" Foi publicado em agosto de 2008, na Revista Oficial da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Nacional, "Melhor, Gestão de Pessoas", matéria assinada pelo dr. Walter Furlan, médico gestor da Amil. O gestor aborda nesse artigo o expressivo número de óbitos devido à quebra de protocolos médicos nos EUA. Perplexo diante da extravagancia dos números apresentados na reportagem naturalmente os questionamentos se voltaram para saúde publica brasileira cuja realidade comporta sub-financiamento, corrupção e toda sorte de problemas a reforçar o discurso do setor privado. A partir daí tentar distinguir quais eram os interesses do mercado por trás desse discurso. Há tempo hiper-dimensionado devido a falta de regras (Lei do Lobby) aliado a falta de rigor do Judiciário, que no meu entender era estratégico. Disse o dr. Furlan: "Calcula-se que 100 mil pessoas morrem por anos d...
Da legalidade da primeira Constituição Republicana de 1891 que excluiu o direito a educação básica, (garantida no Império) e levou metade da população ao analfabetismo até 1950; Da ilegalidade dos 7.500 reais referente à Fiat Elba que culminou com o impeachment de Fernando Collor de Mello até a legalidade da renuncia fiscal no valor de 1 trilhão de reais em favor de petroleiras estrangeiras (Michel Temer/José Serra) O que me preocupa não é o pensamento rasteiro de uma elite que remenda com o judiciário o caminho onde a dignidade jamais dará conta de chegar. O que me preocupa é que o sistema em si é miserável. Nasceu miserável e vive da miséria dos miseráveis que produz. PEC55. O que me preocupa, portanto não é a corrupção, mas a própria legalidade dessa democracia. Essa que mais uma vez confisca nossos sapatos enquanto aumenta a produção de tachinhas se preparando para nos oferecer OxyContin. Alivio para dor. Na forma da lei. Seriam as boas vindas à família S...
Comentários